Resenha | Prince of Thorns

Sinopse Oficial

 

 Tem início a Trilogia dos Espinhos: Ainda criança, o príncipe Honório Jorg Ancrath testemunhou o brutal assassinato da Rainha mãe e de o seu irmão caçula, William. Jorg não conseguiu defender sua família, nem tampouco fugir do horror. Jogado à sorte num arbusto de roseira-brava, ele permaneceu imobilizado pelos espinhos que rasgavam profundamente sua pele, e sua alma. O príncipe dos espinhos se vê, então, obrigado a amadurecer para saciar o seu desejo de vingança e poder. Vagando pelas estradas do Império Destruído, Jorg Ancrath lidera uma irmandade de assassinos, e sua única intenção é vencer o jogo. O jogo que os espinhos lhe ensinaram.

SBN-13: 9788566636116

Normal: Editora: Darkside
Nº de páginas: 360 páginas
Dimensões: 16 x 23 cm
Lançamento: Junho 2014 

Hardcover: Editora: Darkside
Nº de páginas: 360
Edição: 1ª edição, 2013

    Quando se toma Prince of Thorns nas mãos, você tem certeza de que é um clássico. Nenhum livro ganha uma edição tão caprichada e detalhista sem fazer por merecer. Não tenho vergonha em admitir que comprei meu exemplar exclusivamente pela capa mas, devo dizer, não me arrependi.

    Prince of Thorns é o primeiro livro autor Mark Lawrence. Quando o comum em um “primeiro livro” é se ver uma escrita mais crua e carecendo de rebuscamento, Prince of Thorns surpreende por já possuir um estilo completamente desenvolvido. O livro original foi lançado nos EUA em 2011 e trago para o Brasil em 2013 pela DarkSide. A trilogia completa ainda conta com King of Thorns e Emperor of Thorns, que juntos formam a “Trilogia dos espinhos”.

    A trama se inicia quando o Príncipe Honório Jorg Ancrath tem sua mãe e seu irmão mortos covardemente pelos cavaleiros de condado rival. O príncipe cresce com sede de vingança, e passa a não pesar esforços (ou vidas) em sua busca pelo que acredita ser a justiça. Jorg nos é apresentado já aos 15 anos, e dotado de uma violência sociopática que impressiona o leitor devido a pouca idade. Uma criança com rancor, crueldade e maturidade de adulto.

    É impossível não falar da relação de amor e ódio que se sente pelo personagem principal. Jorg cativa o leitor e o assusta. Ele salva a donzela e a estupra. Ele tem bons motivos mas meios torpes. Afirmo com toda a certeza que terminei o primeiro volume da trilogia dos espinhos sem saber ainda se amo ou odeio Jorg Ancrath, mas tendo a certeza de que quero descobrir tudo o que puder sobre ele. O príncipe é profundo e em seu interior, a criança de 15 anos flerta com a obscuridade de seus sentimentos de vingança.

    A história se desenrola de maneira tão natural e os elementos “fantásticos” (Como magos, fantasmas e afins) são apresentados tão corriqueiramente que é impossível não reparar em quão realista parece! Como o livro é escrito em primeira pessoa, eu acreditaria facilmente se me dissessem que é fruto de um diário real descoberto enterrado nas ruinas de um castelo medieval.

   Aos poucos, temos a noção de que a trama é mais profunda do que se pensa, descobrindo juntamente com Jorg e a trupe de assassinos sanguinários que ele lidera que o mundo medieval pode tratar-se apenas de uma enorme partida de xadrez, onde os verdadeiros jogadores se escondem atrás das peças.

   Prince of Thorns é um suspiro de originalidade e Mark Lawrence um verdadeiro berro de habilidade. Um livro indispensável para quem gosta de uma boa história com um “quê” de Tarantino. É impossível terminar de lê-lo sem ansiar pelo próximo livro da trilogia e por ter a linda coleção completa em sua estante.