E
finalmente um dos filmes mais esperados do ano chegou as telas dos cinemas
brasileiros! A Culpa é das Estrelas lotou salas de exibição em
todo o país em seu primeiro fim de semana.
Apesar
de o filme dispensar apresentações, lá vamos nós.
O
romance é a adaptação cinematográfica do livro homônimo de Jhon Green que fez
um sucesso arrebatador pelo mundo afora e lançou o autor como
romancista-água-com-açúcar oficial dos adolescentes (Chora Nicholas Sparks).
Conta a história de Hazel Grace (Vivida no filme por Shailene Wodley), garota
que luta contra um câncer de pulmão desde muito nova e acaba por descobrir-se
com depressão. Procurando apoio no (veja só) Grupo de Apoio, Hazel conhece
Augustus Molhador-de-calcinhas Water. Romântico, bonito ao nível de Ansel
Elgort e faltando uma perna, o garoto parece ser a alma gêmea de Hazel e um
senhor remédio para sua depressão. Juntos eles enfrentarão altas aventuras no
combate ao câncer (Yeah!)
Confesso
que o filme me surpreendeu. Eu não pensei que choraria tanto! Tá certo que eu
sou uma manteiga derretida e choro até com desenho animado, mas saí do cinema
desidratado. Portanto, pra você que ainda não viu, leve um kit de sobrevivência
com gatorade, lenços de papel e uma gilete para possível cortar-de-pulsos.
Jhon
Green acompanhou toda a produção de perto e devo dizer que isso realmente faz a
diferença! Vários diálogos do filme foram transcritos do livro e a adaptação
está, sem dúvidas, uma das mais fiéis que já vi. Neste quesito, não vai
decepcionar ninguém. Em uma experiência anterior, devo lembrar que As Vantagens
de Ser Invisível também teve assistência criteriosa do autor do livro e também
não decepcionou em nada. Talvez este seja o grande segredo de boas adaptações.
A
fotografia do filme é fosca e de uma beleza ímpar. Juntamente com a trilha
sonora, você verá na película uma espécie de efeito-instagram-hipster, com
brancos muito brancos e cores não tão destacadas, que vem se mostrando uma boa
tendência em livros que brincam com a alegria e a tristeza como esse. Vemos
cenas lindas (principalmente em Amsterdã) e destaque para a maneira fofa como
as mensagens trocadas pelo casal de pombinhos aparecem em balõezinhos
desenhados na tela.
Falando
no casal de pombinhos, Ansel e Shailene (Cacete de nome
complicado! Vou chamar só de ShaiShai porque sim!) tem química! Poucas vezes vi
um casal tão fofo e devo garantir muitos arco-íris vomitados durante o filme.
Confesso que me surpreendi com ShaiShai porque tinha certas dúvidas que ela
conseguiria transmitir a emoção que Hazel necessita e emocionar em cena, mas ela
conseguiu. Porém, se por acaso algum produtor de Hollywood estiver lendo esse
texto, gostaria de lembra-los que não existem apenas ShaiShai Woodley e
Jeniffer Lawrence de atrizes no mundo. Daqui a pouco as duas estarão fazendo
até papeis masculinos.
Ansel é
fofo como Gus precisava ser. Ele sabe ser engraçado e parece genuinamente
apaixonado por Hazel Grace em todas as cenas. Porém, a metáfora-cigarro-apagado
que eu achava ridícula no livro ficou ainda mais vergonhosa no cinema.
E
Williem Dafoe (O eterno Duende Verde) está fantástico como Peter Van Houten.
Tão irritante, amargurado e bêbado quanto deveria ser. A aparência pode não ser
o que muitos imaginavam, mas é sem dúvida o Peter imaginado por Jhon Green.
O filme
é lindo e um pouco cansativo. Não decepcionará aos fãs que esperavam a
adaptação mas pode ser que os não-leitores se sintam um pouco entediados. De
todo modo, vale cada centavo da entrada do cinema e com certeza fará muitas e
muitas gerações chorarem.
Sim, A
Culpa é das Estrelas virou modinha. Mas se todas as modinhas forem de ler bons
livros e assistir bons filmes, eu quero muitas mais pela frente.