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Muitos escritores do século 20 tinham um hábito curioso na hora de escrever seus romances. Em uma narrativa, eles mudam nomes de pessoas e lugares e detalhes da sua própria vida e publicam o resultado disso como ficção. E, se passarmos o olho na lista dos maiores e melhores livros já publicados no século passado, não é raro encontrarmos obras que se encaixam nessa descrição. É isso que chamamos de romances autobiográficos, um estilo literário que mostra a capacidade incrível que um escritor tem de transformar a própria vida em literatura e arte. Separei uma pequena lista de indicações para que vocês conheçam alguns que já li:

1. A Redoma de Vidro - Sylvia Plath
Sylvia Plath é uma das minhas escritoras favoritas, e esse livro integra, sem dúvidas o meu top 10 dos melhores que já li na vida. Originalmente uma poetisa, essa obra foi seu único romance e foi publicado inicialmente com o pseudônimo de Victoria Lucas - seu nome só apareceu como autora nele após sua morte. Nessa história, ela escreve sobre suas experiências como uma jovem do interior que se muda para Nova York depois de ganhar um concurso para trabalhar como editora de uma revista e posteriormente acaba perdendo o controle da própria vida e também a sanidade. Basicamente, a partir daí, começa a semelhança com a vida real: Plath, assim como sua protagonista Esther Greenwood, teve as mesmas vivências com doenças mentais. O transtorno bipolar e a depressão clínica sempre foram um problema para Sylvia, que retratou seu sofrimento na trajetória de Esther por clínicas de reabilitação. Uma pena que o final das duas tenha sido tão diferentes.

2. Suave é a Noite - F. Scott Fitzgerald
Os livros de F. Scott Fitzgerald têm, em sua maioria, uma abordagem profunda sobre a década de 1920, a era do jazz e do álcool. Foi ali que ele viveu e construiu seu casamento com Zelda Fitzgerald, de mentalidade instável; ambos dependentes de bebida alcoólica que gastavam dinheiro aos montes e viviam em festas e eventos. Baseado nisso, Scott, como era chamado pela esposa, escreveu Suave é a Noite, o qual definiu como "uma confissão do destino". O protagonista também tem uma esposa mentalmente afetada, e a história retrata a batalha diária do casal para se estabelecer junto sem deixar o frisson mágico da época de lado. 

3. Esta valsa é minha - Zelda Fitzgerald
Essa é a resposta de Zelda Fitzgerald ao livro do marido, que citei acima. Ela o escreveu em apenas seis semanas em um hospital psiquiátrico e foi sua primeira e única obra. É o relato da época de ouro dos anos 1920 pela ótica feminina, carregada de desilusões. Zelda retratou vários aspectos de sua vida na personagem Alabama Knight, especialmente o período em que se dedicou fervorosamente ao ballet clássico - Alabama tem a rotina de exaustão que a autora tinha para fugir da agitação proporcionada pelas festas, pelo álcool e pelas viagens à Europa. Zelda não queria mais ficar na sombra de F. Scott Fitzgerald, e foi assim que ela conseguiu o seu lugar ao sol.

4. Adeus às armas - Ernest Hemingway
A história de um motorista de ambulância americano na Primeira Guerra Mundial é parcialmente baseado nas experiências que o escritor Ernest Hemingway teve por lá. E que, tão chocantes foram, que o obrigaram a reescrever o final nada menos do que trinta e nove vezes até chegar no que ele considerou ideal. Também baseou-se em um romance que Ernest teve com uma enfermeira durante a guerra, e que, infelizmente não deu certo, rendendo uma grande desilusão para o escritor, e uma obra maravilhosa e delicada para nós. Adeus às armas é aclamado como o melhor livro sobre a Primeira Guerra Mundial já escrito até hoje. 

5. Outra Vozes, Outros Lugares - Truman Capote
Aqui, Truman Capote escreve minuciosamente sobre sua infância e adolescência conturbadas. O personagem Joel Knox enfrenta os mesmos problemas que ele, um dia, também enfrentou: problemas com o pai e a família, o crescimento e a descoberta da sua sexualidade. Foi o primeiro romance do autor, um tanto ofuscados por obras de sucesso como A Sangue Frio e Bonequinha de luxo, mas que merece mais reconhecimento por nos permitir uma aproximação maior do autor, e que nos permite conhecer melhor como foi formada a personalidade peculiar pela qual ele era conhecido nos bastidores de Hollywood.

E então, vocês indicam mais algum romance autobiográfico pra gente?

Colunista Unknown

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