Em ‘O Protetor‘, Denzel Washington interpreta McCall, um ex-oficial das forças especiais que simulou sua morte para viver uma vida tranquila em Boston. Quando ele sai de sua aposentadoria auto-imposta para resgatar uma jovem, Teri (Chloë Grace Moretz), ele se encontra frente a frente com gangsters russos ultra-violentos. Enquanto ele pratica atos de vingança contra todos os que agem brutalmente sobre pessoas indefesas, seu desejo de justiça se reacende.
Uma palavra para descrever o filme? DESTRUIDOR.
O filme conta com um inicio de imagens jogadas e com poucos cortes, em uma paisagem tranquila antes de tudo virar de pernas para o ar. Com uma atuação esplendida Denzel se entrega como sempre ao seu personagem, eu encontrei um certo tom de psicopatia por parte de McCall, ele é um justiceiro, defende a todos que pode, mas de uma maneira violenta e cruel. Ele não tem pena! Contudo, o personagem faz tudo isso por elos sentimentais, então seria contraditório falar que na realidade ele é um seria killer "do bem".
Falando na violência, a faixa etária é de 16 anos, mas ao meu ver, eram necessários 18. As cenas são cruas e fortes, o palavreado intenso, nada de novidade em termos de um filme de ação, mas multiplique isso por 3 vezes. Tanto que fui atrás ver se era um dublê que fazia as cenas de luta (sem desconsiderar um ator tão fantástico e que eu admiro como Denzel), mas ele já está com mais idade e achei meio difícil as cenas que o personagem faz. E sim, ele usa, o que não tira mérito nenhum do trabalho dele.
Focando nos outros personagens, nenhum deixou a desejar, Chloë Moretz fez pela primeira vez uma atuação que me agradou, pensei que ela ia perder toda a força atuando ao lado de Denzel, mas não, ela fez um trabalho excelente. Os coadjuvantes da história fizeram um trabalho incrível e o vilão master interpretado por Marton Csokas foi tudo o que é possível esperar de um mafioso russo. Adorei terem feito um vilão tão inteligente quanto o mocinho.
Sobre o filme em si: Ótima fotografia, imagens ambiente belíssimas e uma trilha sonora pouco aparente. É bem visível a preocupação do diretor, Antonie Fuqua (Dia de Treinamento), com a parte técnica, os efeitos estão super detalhistas e bem construídas. O filme tem um ritmo continuo de imagens com mais ação e depois uma leve calmaria, mas prendendo o expectador ao trama. O mistério é bem construído e desenvolvido durante a história. Para o bom expectador você percebe que algumas coisas ficam em aberto, eu entendi como proposital, por que se não, foi uma tremenda gafe que deu certo.
Um ponto negativo, não existe o filme perfeito não é? E para aqueles que não gostam do surreal, esse não é o filme adequado. O personagem foi criado claramente para ser chamado de herói, mas faz coisas meio impossíveis de acontecer. Sim tem aquela tipica cena de filmes de ficção onde dão dez tiros e nenhum acerta nele e ele vai lá e com um acerta dois (dando exemplo). É ficção não tem o que se discutir, mas não custava fazer ele errar um pouquinho que fosse né?
Como o filme é baseado em uma série dos anos 80, fiquei muito tentada a ver. O que aconselho é:
Se puderem assistam em IMAX, a contemplação será bem mais completa!
Trailer: