Crítica | A Esperança - O Final
O filme, dirigido por Francis Lawrence, começa abruptamente, sem nenhum tipo de introdução. O que assumimos que tenha sido proposital, tratando-se da segunda parte de uma adaptação, mas algo que talvez pudesse ter sido muito melhor trabalhado. A impressão durante o filme todo é que tudo foi sobreposto, e que o filme se passa no período de no máximo duas semanas, sendo que pela trama original, toda a parte 2 é decorrida em pouco mais de um ano.
Jogos Vorazes ainda mantém seu posto de saga melhor adaptada pros cinemas, com adaptações quase impecáveis, que sempre foram o trunfo da saga, nesse último filme acabou não funcionando assim tão bem. Pra sermos bem claros, a divisão das partes não foi feita de forma inteligente, perdemos muito tempo vendo absolutamente nada acontecer na primeira parte, enquanto mal podemos piscar na segunda.
É tudo tão sobreposto, que perdemos quase tudo das melhores performances de Jena Malone (Johanna Mason), Josh Hutcherson (Peeta Mellark) e Woody Harrelson (Haymitch). Esses personagens crescem e evoluem na obra, mas foram quase totalmente deixados de lado no cinema.
Além de termos tanta coisa pra digerir em segundos, não tivemos tempo para o luto. Perdemos friamente personagens importantes, cujas mortes aconteceram sem grandes destaques.
Os pontos altos do filme, sem dúvida são as sequências internas, a cena da votação dos vitoriosos vivos me arrepiou dos pés à cabeça, especificamente nesse momento, quase sentimos o ódio de todos eles, a energia posta no voto de cada um, até o voto do Tordo e seu Mentor.
Porém, nunca, em toda minha vida, achei que pudesse não gostar de algo que a Jennifer Lawrence fizesse, mas aconteceu, minha gente.
A perturbada Katniss não transpareceu como em todos os outros filmes... Jennifer parecia entediada, quase com pressa de acabar tudo mais rápido, se é que nos entendem.
Só não nos entendam errado, o filme é ótimo, mas não chega nem aos pés do que era esperado pra conclusão (que de épica não teve quase nada) de Jogos Vorazes.