"Em uma noite fria, numa improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra Will Grayson. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome. E, aparentemente, apenas isso os une. Mas mesmo circulando em ambientes completamente diferentes, os dois estão prestes a embarcar em um aventura de épicas proporções..."
Gostaria de ressaltar,
antes de tudo, que eu nunca, em toda a minha vida, tinha sido tão enganado por
uma capa e por uma sinopse quanto fui na obra em conjunto de John Green e David
Levithan!
A
história é desenvolvida em dois pontos de vista, ambos de adolescentes de 16
anos, chamados "Will Grayson"... A vida de ambos é muito diferente,
em vários aspectos. Mas, numa certa noite de sexta feira, uma coincidência os
une de forma curiosa. Will Grayson 2 (usarei
os números para diferenciá-los) está
passando pelo que pode se nomear "pior acontecimento de sua vida",
logo depois de descobrir seu sósia numa sex shop de Chicago.
Depois de se cruzar nessa coincidência improvável, ambos os Will Grayson's se unem por conta de um romance com um dos melhores amigos de WG1, Tiny, que por sua vez, é quase um gigante, gay, escritor de musicais! Um romance também está reservado para WG1, com sua antiga melhor amiga, Jane!
O livro
é incrivelmente fácil de ler (não que ninguém espere uma grande e complexa obra, vindo de John Green). Não sei do que gostei mais, me identifiquei tanto com
esse livro, em tantas formas diferentes, que não consegui parar de ler, tanto
que ele, infelizmente, só durou uma madrugada :(
A
melhor coisa do livro, sem dúvidas, é como ambos os autores conseguem combinar
seu modo de escrever e de desenvolver uma estória tão real e contemporânea. A
forma como ambos abordaram as crises adolescentes de romances e amizades mal
acabadas me fizeram pensar em como as histórias são as mesmas, só mudam os
protagonistas e o cenário.
Os personagens principais são bem construídos, embora eu esperasse um pouco mais o envolvimento entre eles. O livro tem poucos alívios cômicos numa geral tensão. Sempre tem alguma coisa, algum probleminha que deixa os personagens mais nervosos, o que em determinado ponto da estória fica chato.
Uma abordagem inteligente foi a de um personagem com depressão. As partes onde ele descreve como enxerga o mundo e a si mesmo são bastante interessantes, e, geram uma reflexão sobre várias questões do próprio desenvolvimento da obra.
Outra boa característica, é que, embora as vezes fiquemos confusos com a quantidade de citações do nome "Will Grayson", é perfeitamente diferenciável o pov de um, e do outro. Coisa que é considerada difícil, principalmente numa obra com personagens homônimos.
Os personagens principais são bem construídos, embora eu esperasse um pouco mais o envolvimento entre eles. O livro tem poucos alívios cômicos numa geral tensão. Sempre tem alguma coisa, algum probleminha que deixa os personagens mais nervosos, o que em determinado ponto da estória fica chato.
Uma abordagem inteligente foi a de um personagem com depressão. As partes onde ele descreve como enxerga o mundo e a si mesmo são bastante interessantes, e, geram uma reflexão sobre várias questões do próprio desenvolvimento da obra.
Outra boa característica, é que, embora as vezes fiquemos confusos com a quantidade de citações do nome "Will Grayson", é perfeitamente diferenciável o pov de um, e do outro. Coisa que é considerada difícil, principalmente numa obra com personagens homônimos.
Eu,
como quase um hater de John Green, não posso deixar de congratulá-lo por essa
obra, pois de todas as 4 obras de sua autoria que eu já li, essa foi a única
que realmente me deu prazer em guardar o livro na estante, sabendo que eu
realmente vou relê-lo muito em breve! (Se você é fã de John Green, não me
entenda mal, ok? Só que sinceramente, não consigo entender uma pessoa que lê
"Cidades de Papel" e não tem vontade de queimar o livro toda vez que
lê o nome daquela bendita menina escrota... Sorry #NotSorry)
Voltando
ao foco da resenha, eis a minha classificação final para a obra: